Phogo Mobi
/ perspectivas
Em meados dos anos 60, Gordon Moore, chairman da Intel, previu que a cada 18 meses o número de transistores dobraria e seu custo cairia pela metade, projetando uma tendência que hoje conhecemos como a lei de Moore.
Moore’s Law — The number of transistors and resistors on a chip doubles every 24 months
A evolução tecnológica é talvez o processo evolutivo mais rápido entre tudo o que conhecemos, e provavelmente muito além de nosso controle. A cada ciclo a capacidade computacional aumenta e seu tamanho diminui. A nano tecnologia é uma evidência disso.
Hoje falamos em saltos quânticos, nos aproximando mais da ficção científica e do hiperespaço. E o Sycamore é o exemplo disso. Conhecido como o computador mais rápido do mundo, é motivo de orgulho de seu criador, o Google, e colocado em dúvida por um gigante rival a IBM.
Assim como Moore, fazendo uma projeção de uma possível tendência, o Google divulgou recentemente que sua criatura, o Sycamore, havia conquistado a supremacia quântica — um limite de capacidade de calcular muito além da realidade tecnológica em vigor atualmente.
Com a tecnologia se superando em um tempo cada mais curto fica difícil prever o que virá por ai. Mas corre por entre blogs de futuristas ou sites de tendências pela web que, entre as 10 tecnologias que irão mudar o mundo, quase metade se refere aos supercomputadores que estarão em nossos bolsos, roupas, e nos corpos de quase 80% da população, próteses inteligentes aptas a realizar o sonho do homem comum em se tornar um ser biônico.
Roupas inteligentes, implante de microchips no corpo, realidade virtual em gadgets e os celulares com uma capacidade de processamento cada vez maior. E tudo isso conectado a internet, assim como as TVs, as geladeiras, micro-ondas e os assistentes pessoais que atendem por comando de voz, dispositivos inteligentes que representarão mais da metade do fluxo de dados trafegado na internet.
Empreendedores subversivos que acreditam que a população usará toda essa tecnologia para consumir produtos feitos sobre medidas em plataformas de crowding founding, sepultando a cultura de massa e com ela os agentes da propaganda e da publicidade, ao mesmo tempo que faz surgir uma nova geração de indivíduos com superpoderes nesse mundo virtual, capazes de sozinhos em seus quartos derrubarem verdadeiros portais de mega corporações.
Esse é um futuro que se deve observar de perto e com profundidade, dia após dia, suas ações e reações, para que se possa traçar a curva, a tendência que irá apontar para o próximo passo, de todos e de muitos, de poucos e de ninguém. Um oeste selvagem, uma floresta fechada pela mata virgem ocultando civilizações perdidas ou prestes a eclodir, tendo que ser aberta na força e coragem de poucos desbravadores.
Estamos todos em nossas esferas pessoais nos aventurando no desconhecido e efêmero amanhã. Viciados no hush da adrenalina que essa surpresa diária nos proporciona. Na crença de que o novo se relevará amanhã. Não olhamos mais para os ceús para procurar por deuses ou alienígenas. Olhamos para a palma de nossa mão e lemos as linhas que nos levam para o futuro.
É um mundo lógico. Um mundo que o ocultismo da quiromancia abriu as portas para o cientista de dados, e as linhas da palma da mão se transformaram em vetores em um plano cartesiano multidimensional.
Todo seu gestos é computado. Todo dado analisado. Todo vetor tem origem em um ponto que nos leva a outro.
Isso é Phogo Mobi.